Amaro Vaz
Escureci a alma. Fechei-me pra balanço
Joguei a toalha. Decretei falência.
E para melhorar a minha aparência
Lavei a sujeira. Mandei tirar o ranço.
Estava imundo, como um cão sem dono
Um traste humano. Digno de dó.
Magro. Doente. Era pele e osso, só
Mal acordava, já me vinha o sono.
Tudo era triste: As pessoas. A rua
O céu. As estrelas. O sol. A lua
As crianças, que brincavam na calçada.
Em tudo eu via a minha parca vida:
Uma tevê com a imagem distorcida
Cheia de chuviscos. Toda embaçada.
Amaro,
ResponderExcluirGostaria de tentar traduzir Aiolas Vazias, Frutos de Quintais Alheios, Fora do Ar, Fome de Aprender, Fingimento e Finados. E delicado, como voce sabe, tentar manter o ritmo da lingua original, com suas cadencias. Gostaria de tentar varios outros, mas o rimo me fara perder muita coisa. De qualquer forma, adorei estes e muitos outros tambem...poeta de Carangola.- Mariana