10 de maio de 2009

GAIVOTA
Amaro Vaz


Voe livre gaivota
Que o espaço ainda suporta
As razões de seu voar.
Alce um vôo bem bonito
Que na luz do infinito
Há uma vida de encantar.

Eu também sou gaivota
Que um dia teve à porta
Todos os sonhos do ar.
Mas, meu vôo foi rasante
Algo assim tão degradante
Que me fez estacionar.

Voe livre, gaivota
Que o espaço não tem porta
Nem limites, o seu voar.
Alce um vôo bem ousado
Que a certeza do traçado
Faz perfeito o aterrissar.

Eu também sou gaivota
Que por ter uma asa torta
Nunca esteve em evidência.
Os meus erros do passado
É melhor deixar de lado
Só guardar a experiência.

Voe livre, gaivota
Que o voar é uma porta
Que não se deve fechar.
Alce um vôo alucinado
Que o espaço é um telhado
Feito para lhe abrigar.

Eu também sou gaivota
Que um dia teve à porta
Todos os sonhos do ar.
Mas o medo do espaço 
Fez-se forte, como um laço
Que eu não soube desatar.

Um comentário:

  1. meu amigo!!!!! simplesmente adorei!!! esse vôo me levou com ele e deu uma vontade danada de desatar esse nó! bjs

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