7 de dezembro de 2009

VELHICE
Amaro Vaz


Tantos pardais, - nenhuma andorinha-
Vejo nas praças da minha velhice
Vem a saudade, eu vôo à meninice
E ao voar, tremula a velha asinha.

Cresci, envelheci, eu sei... dignamente
Por isso eu me orgulho do passado
Até aquele antigo passo errado
Promove o conhecer-me plenamente.

Voltando às andorinhas de outrora
Eu tento descobrir o dia e a hora
Do vôo cego... da minha despedida.

Espero, que não me expulsem, os pardais
Sou uma velha andorinha, nada mais...
Deixe-me, em paz, dizer adeus à vida.

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