10 de fevereiro de 2010

COISAS DA SAUDADE
Amaro Vaz

Amanheci disperso, displicente
Distante dos meus hábitos normais.
Não quis ler as noticias dos jornais.
Não quis ver nada, que lembrasse a gente.

Uma por uma eu pus em minha frente
As coisas dos meus dias mais banais.
Algumas pareciam naturais
Já outras pareciam bem diferentes.

Sei que o passado deixa em sua estrada
Desenhos obscuros, um quase nada
Se a mente dorme à luz do esquecimento.

Assim amanheci: longe de mim!
Quando assustei, estava perto o fim
Só de lembranças vivia o sentimento.

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