10 de fevereiro de 2010


LIVRE ARBÍTRIO
Amaro Vaz


Quer o amor, dormir em outros braços
Pra acordar, cansado em novas camas.
Pra se aquecer feliz em outras chamas
Quer o amor, a busca de outros passos.

Quer o amor, dormir em outros corpos
Sentir o beijo das bocas mais vulgares.
Quer o amor, estar em todos os lugares
Para acordar inteiro em outros portos.

Quer o amor, sentir-se livre e solto
Porque se acha santo e vê-se envolto
No imune manto da plena liberdade.

Ele não sabe, que em bem pouco tempo
Será um amor, abandonado ao relento
Sujeito à chuva, sujeito à tempestade.

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