14 de janeiro de 2010


DIÁLOGO
Amaro Vaz

Entendo, Paquetá, teu sofrimento
Também me sinto ilhado pela vida.
Meu mar é uma lágrima sentida
Somente solidão me traz o vento.

Se o tempo te roubou o encantamento
-se a fama sentes triste e combalida-
Não penses que a batalha está perdida
Terás de volta o velho alumbramento.

A dor que te entristece vem do tédio?
Podemos prescrever-te um bom remédio?
Permite-nos, levar-te a poesia?

Não há nenhuma contra-indicação
-a bula cita, apenas, sensação-
De que ninguém roubou-te a euforia.

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