23 de janeiro de 2010

TELHADO DE VIDRO

Amaro Vaz


Se você quer viver o quintal alheio
Melhor mandar limpar sua vidraça
Porque o olhar da gente, se embaça
Quando o vidro da janela, é sujo e feio.

Esquece o seu vizinho, o semelhante
Procure ver, dentro de si, suas façanhas
Quem busca falcatruas e artimanhas
Enforca-se... num pedaço de barbante.

Preocupe-se amigo, com as telhas...
Que cobrem seu telhado, posso vê-las
Desprotegidas, sob um sol ardente.

Viver é uma gostosa brincadeira
Se a visão translúcida e sem poeira
Permite-nos um olhar limpo e decente.

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