23 de janeiro de 2010

PRIMEIRO DE ABRIL
Amaro Vaz


Dormir nas ondas da tua madrugada
Foi como adormecer junto com o dia
De um barco que navega a calmaria
Em busca de um porto, uma parada.

Dormi sem medo daqueles vendavais
Que assustavam as noites do passado.
Eu era em ti, um barco ancorado
Em tuas amarras, ali naquele cais.

Amanheceu. De volta a realidade
Ao ver meu barco numa tempestade
Foi neste instante, que a ficha caiu.

Até no sonho, o mais lindo que já tive
Tu me apresentas a velha reprise
Daquele triste primeiro de abril.

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