13 de outubro de 2009


HOMEMNAGEM
Amaro Vaz


Não cabe o sol nas lágrimas da chuva
Não cabe o beijo em boca delinqüente.
Não pode a maçã, repentinamente
Arroxear-se, pra sentir-se uva.

Não pode o homem, mudar o acontecido
Não pode o fruto, do galho, se ausentar.
Não cabe o riso, se deixar levar
Pela imponência, se fazer vencido.

Não pode nada, que não seja lícito
Porque na lei de Deus está explícito:
Que o homem peca por puro capricho.

O livre arbítrio é uma encruzilhada
Porque a vida corre noutra estrada
Onde o homem quer sentir-se um bicho.

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