13 de outubro de 2009


HUMANAS FUGAS
Amaro Vaz


Uma criança pura e inocente
Parada no sinal me estende a mão
Como se nos olhos eu trouxesse o pão
Para matar-lhe a fome simplesmente.

Levanto o vidro, escondo o meu rosto
Pra não rever o filme do passado
Ali... naquele posto abandonado
Ficava eu na chuva e ao sol exposto.

Eu fui um malabarista nos sinais
Entregador de pizza e de jornais
Fui, ainda, um jovem delinqüente.

Hoje eu sou um velho rabugento
Por hora, preso no congestionamento
De um passado atroz e humilhante.

Um comentário:

  1. Lembranças de um passado,
    traz recordaçoes, e a certeza de ter vivido,lutado e crescido.
    Parabéns poeta!
    vc é tudo de bom!
    beijokas

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