18 de outubro de 2009


inSANIDADE
Amaro Vaz


Eu desatei o laço, acertei o passo
Fui passageiro de outras caminhadas.
Na mala eu carreguei todos os nadas
Que um dia deram vida ao meu fracasso.

Nenhuma lágrima, sequer um simples traço
De cicatrizes abertas, mal curadas.
Eu mesmo desenhei minhas estradas
Longas, desertas, tristes, descuidadas.

Como entender a mente de quem busca
A luz que faz o dia, a luz que ofusca
Se o brilho tem efeito transitório?

Não há nenhuma dúvida fatal
Você sempre ouvirá: Eu sou normal...
De um louco preso em um sanatório.

Nenhum comentário:

Postar um comentário