Amaro Vaz
É tão distante a ausência que nos une
Tão insensato o silêncio que nos fala
Tão sem sentido a paz que o peito cala
Tão triste a dor que nos machuca e pune.
Que a vida em nós apenas se resume
Numa cadeira vazia em plena sala.
Na voz que na garganta morre, entala
O choro corriqueiro, de costume.
Essa distância é mais que um sofrimento
É treva, escuridão, triste lamento
É uma lágrima que desce angustiada.
Para fazer em nós uma tempestade
Ao nos mostrar a triste realidade
De uma mentira que nos leva ao nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário