Quando em criança, lembro das tardinhas
E da cor rubla, de tantos ocasos.
Bem lá no centro das lembranças minhas
(E aí me enchem d’água os olhos rasos!)
Me vem o voo sutil das andorinhas,
Que ao frenesi do seu bater de asas,
Cruzavam o céu em sinuosas linhas,
Fazendo evoluções no vão das casas.
Recordo ainda o que mamãe dizia;
- São as Andorinhas, aves benfazejas,
Deus as fez só pra alegrar Maria,
Que iam brincar com seu Jesus menino.
Por isso hoje moram nas igrejas,
Nas altas torres onde bate o sino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário