17 de fevereiro de 2009


CONSELHOS
Amaro Vaz


Não guarde na garganta os devaneios
Permite aos teus cabelos outros ventos..
Não creias que as razões dos sentimentos
São frágeis como os teus grandes receios.

Não dormem nos vazios teus anseios
Nem frustram as perdições os teus contentos.
Abertos vão estar os teus sofrimentos
No coração que vive entre os teus seios.

Guardar em ti desejos descuidados
É como dar aos medos aprisionados
Uma duvidosa carta de alforria.

Não guarde nada em ti. Abre-te boca!
Que o pescoço não quer esta forca
Trançada entre a tristeza e a alegria.

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