12 de fevereiro de 2009


COISAS DE MÃE
Amaro Vaz


Mamãe na sua doce ingenuidade
Jamais me autorizou um passo inteiro
Não permitia os “pintos do terreiro”
A ousadia, o sonho, a liberdade.

Quando em criança, a tudo eu aceitava
Porém, o tempo me fez diferente
Deixei de ser criança, e o adolescente
Já não ouvia, o que mamãe falava.

A tudo eu respondia: Cuido eu...
Das minhas coisas, da vida que me deu
Conheço todos os caminhos a seguir.

Agora é tarde. Tristes desenganos
Perdi a minha mãe, faz quinze anos
E há quinze anos, não sei pra onde ir.

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