11 de março de 2009


DESPEDIDA II
Amaro Vaz


No vão da porta entre a varanda e a rua
Eu deito a mala para um outro abraço.
Não pode mais ocupar o mesmo espaço
Meu lado sol com esse teu lado lua.

Para que a carne não nos venha crua
Se prende o riso, se orienta o passo
Vivemos juntos sempe um mesmo laço
Não tive culpa, a culpa não foi tua.

O tempo achou que entre nós havia
Pouca paixão, exagerada poesia
Muito talento, pouca afetividade.

Enquanto em ti sobravam sentimentos
Em mim sobravam dores e lamentos
Faltou em nós, eu sei, sinceridade!

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