11 de março de 2009


DESREGRADO
Amaro Vaz


Não me interessa o verso obcecado
Pela calculadora sonetista.
Eu sou poeta, não sou cientista
Meu verso escrevo livre e desregrado.

Nenhum poeta será questionado
Por uma regra tão vulgar, simplista.
O próprio texto o seu lugar conquista
Fim de conversa. Papo encerrado!

Deixa eu voltar à minha rima torta
Porque no fundo o que mais importa
É que o soneto encontre seu espaço.

Por isso eu dispenso a fita métrica
O verso acorrentado, pela estética
De uma regra que faz lembrar um laço.

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