11 de março de 2009


DESTINO
Amaro Vaz


Se ao meu passado a noite me remete
Ao meu presente o dia me devolve
Por isso o sentimento não se envolve
E a consciência não se compromete.

Um burro, mesmo à frente da charrete
Não sabe o seu caminho, não resolve
O condutor, às vezes, lhe absolve
Em outras vezes a chibata mete.

É assim a nossa vida, o destino
Às vezes nos impõe o desatino
Para depois nos devolver a calma.

Porém, sua chibata é como uma faca
Corta latente, uma profunda marca
Sempre levamos no embrião da alma.

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