19 de março de 2009


EXPLICITUDES
Amaro Vaz


Rabiscou, com tua boca, o meu corpo
Com as mãos fez desenhos no meu ventre.
Fez orvalhos de suor num beijo quente
Ancorou as tuas nádegas no meu porto.

Cavalgou minhas coxas sutilmente
Com as mãos entrelaçou-me o pescoço.
Das costelas apalpou osso por osso
Não parou um só instante, foi freqüente.

Abusou da minha tola ingenuidade
Dedilhou a minha masculinidade
Conduziu e permitiu-se conduzida.

Explodiu num rodopio tão frenético
De um jeito, vou dizer, não muito estético
E gritou que foi total e bem comida!

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