5 de novembro de 2009

LEMBRANÇAS I
Amaro Vaz


A sala de jantar cheia de flores
Que se espalharam ao chão depois que o vento.
Entrou sem permissão neste aposento
Beijando sem preguiça as minhas dores.

No quarto entre os lençóis dois cobertores
Me fazem crer que o meu maior momento
Não permitiu que a luz do esquecimento
Pintasse o futuro de outras cores.

Ao lado de uma velha penteadeira
Ao não ser devolvida à cristaleira
Dormia a taça com o vinho teu.

Abri minha janela, bem discreto
Deitei em minha cama olhando o teto
Só ai eu me dei conta. Ela morreu!

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