26 de novembro de 2009


VERSOS OMISSOS
Amaro Vaz


Eu me descubro em mares agitados
Feito um sarrafo de toco, num remanso
Feito um pássaro, sôfrego e manso
Ante os gatos, que vivem nos telhados.

Mais eu fujo, mais e mais me entranho
Mais, eu me misturo à tempestade
A minha alma perde a sensibilidade
E ao espelho, eu me vejo um estranho.

O que será de mim? Eu me pergunto...
A inconsciência procura um outro assunto
Para não ter, que me dar explicações.

Prefiro a morte. Uma ...duas...três
A ter que transformar em insensatez
Minhas idéias e as minhas emoções.

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