26 de janeiro de 2009


ADEUS
Amaro Vaz


O mar conhece a força de um marisco
O chão conhece os pés da caminhada.
Às vezes quem tem tudo não tem nada
Causa problema, ao olho, um simples cisco.

Se a tempestade cai sobre Francisco
A mesma chuva, a mesma enxurrada
Há de bater em Chico, a desgraçada
Pois ambos vivem sempre o mesmo risco.

Não há em mim nenhuma dor tamanha
O jogo ora se perde ora se ganha
Por isso estou com a corda no pescoço.

Entre ser um bandido, ser um canalha
Prefiro andar sobre o fio da navalha
Para que o corte alcance a carne e o osso.

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