26 de janeiro de 2009


ARTESÃO DOS VERSOS
Amaro Vaz



Abaixo a cerca, o muro, a chave, o cadeado

Façamos pontes, porta sempre aberta
A liberdade é o segredo do poeta
Pra que o verso não se sinta aliciado.


Abaixo a crítica, fim dos comentários
Não pode a regra, vir na contramão
Para que os versos, os frutos da emoção
Não se pareçam sonhos solitários.

Hoje me vejo, contando as letrinhas
Recauchutando algumas palavrinhas
Para que eu me transforme em sonetista.


Porque é dada ao escritor a concessão
De ser do verso um pintor, um artesão
Para que aflore a sua angustia intimista.

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