26 de janeiro de 2009


ALMA CUSPIDA
Amaro Vaz



O amor não quis viver nossa velhice
Cansou-se! Desistiu antes do tempo.
Achou, na rua, outro passatempo
Sentiu saudade da sua meninice.

Quis adentrar noturnas ousadias
Andar os beijos dos antigos passos.
Sentir a força dos pequenos traços
Que desenharam as suas fantasias.

O amor não quis viver nossa velhice
Encheu as malas, saiu e nada disse.
Nenhum bilhete. Nenhuma despedida.

Deixou comigo, apenas, as cicatrizes
Uma saudade dos momentos felizes
A alma morta, sobre o chão, cuspida.

Um comentário:

  1. Amaroooooooo!!!!!
    Vc como sempre me surpreendendo!!!!!
    Está lindíssimo seu blog...
    Adorei Alma Cuspida!!!! ainda não li todos, vou acabar agora, mas não pude deixar de postar meu encantamento.
    Um grande abraço!
    Michele Lucas

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