29 de janeiro de 2009


CANTIGA PARA ISABELA
Amaro Vaz



Não conheceu aquela mão o terço
Jamais brincou de jogar passa-anel.
Vem do inferno, não é fruto do céu
Não teve infância, desconhece o berço.

Daquelas cenas nunca mais me esqueço
Uma boneca fazia o seu papel.
Senti na boca um gosto de fel
Mais vem notícias, mais eu me entristeço.

Como explicar ao mundo essa tragédia?
O ser humano já perdeu a rédea
O mal venceu o bem, triste verdade.

Está faltando amor em nossa mesa
Se a luz da insensatez está acesa
É sinal que não há Deus na humanidade.

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