31 de janeiro de 2009

CEGO AMOR
Amaro Vaz



Veste roupa esporte, coisa leve
Diz que vai visitar a mãe doente.
Vira a esquina e some, de repente
Vai fazer, penso eu, o que não deve.

O dia inteiro cuidei da nossa casa
Lavei roupa, passei e cozinhei.
Os meninos, pra escola eu mandei
E o malandro achando que tem asa:

Foi voar outros beijos, outros braços
Como um galo, ciscar em outro espaço
É por isso que digo: o amor é cego.

Madrugada, manhãzinha, ele chega
Me abraça, me beija, se aconchega
Não resisto... ao safado me entrego.

Nenhum comentário:

Postar um comentário