26 de janeiro de 2009


CADEIRAS VAZIAS
Amaro Vaz



Como uma rês perdida, desgarrada
Estou no mundo sem nenhum abrigo.
Longe do copo, aquele velho amigo
Que escudava a minha madrugada.


A minha vida é feita de saudade
Muitas angústias, plenas penitências.
Não há com quem trocar confidências
Não há como iludir a realidade.


Falta o silêncio, que alguém quebrava
Falta a lágrima, que se derramava
Depois de um copo, sem que houvesse trégua.


Falta a calçada, a mesa, o churrasco
E a esta rês perdida em outro pasto
Falta o grito: Pode passar a régua!

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