26 de janeiro de 2009


CAMISA DE FORÇA
Amaro Vaz


Hoje eu quero o verso sem a rima
Para empobrecer a alma, enriquecer o tédio
Não, para inventar palavras novas, complicar o verbo.
Eu quero mesmo é falar... Falar... Falar... Falar...
Sem que me entendam, os que me visitam
Porque, a minha casa está, completamente, vazia.
O que eu sou, apenas, a solidão, quis entender
Portanto, não sou alegre e não me faço alegre
Por absoluta falta de talento, de conhecimento.
Quem há de querer ler essas coisas sem cabeça e pés?

Hoje eu quero o verso sem a sina
Para empobrecer o tédio, enriquecer a alma
Não para usar as palavras que conheço, entender o verbo.
Eu quero me calar... Calar... Calar... Calar...
Para que me entendam, os que me visitam
O que eu sou, apenas, a alegria quis entender
Porque, a minha casa está, felizmente, cheia.
Portanto, eu sou alegre e me faço alegre
Por absoluta presença de talento, conhecimento.
Quem há, de querer ler essas coisas da cabeça aos pés?

2 comentários:

  1. Dizem que de poeta e louco, todo mundo tem um pouco! Risos...

    QUEM HÁ, DE QUERER LER ESSAS COISAS DA CABEÇA AOS PÉS????
    Eu, oras! Risos...

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  2. Ai... que me deu vontade de dormir hoje aqui... e me deixar ficar, de ponta-cabeça, nessa casa vazia de sina, tão cheia de graça, tão rica de alma... E, então...calar, calar minha falta de talento, meu vazio de conhecimento...E ouvir, ouvir...seu silêncio da cabeça aos pés...

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